[:br]Não podemos fazer muita coisa, mas fazer a nossa parte é fundamental.
Fique de olho:
O câncer de mama é o mais incidente na população feminina mundial e brasileira. Políticas públicas nessa área vêm sendo desenvolvidas no Brasil desde meados dos anos 80 e foram impulsionadas pelo Programa Viva Mulher, em 1998. O controle do câncer de mama foi reafirmado como prioridade no plano de fortalecimento da rede de prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer, em 2011.
O diagnóstico do câncer de mama na vida da mulher acarreta efeitos traumáticos, para além da própria enfermidade, tendo que se deparar com a iminência da perda de um órgão altamente investido de representações.
Além do câncer ainda ser uma enfermidade vista como doença fatal, repleta de sofrimentos e estigmas, a comunicação deste diagnóstico desfavorável provoca reações emocionais sem precedentes.
A mulher passa por alterações significativas em diversas esferas da vida como o trabalho, a família e o lazer, o que traz implicações em seu cotidiano e nas relações com as pessoas de seu contexto social.
A primeira reação de uma mulher ao receber o diagnóstico de câncer de mama e da iminência da perda do seio, é uma tentativa, mesmo que nula, de salvação deste órgão adoecido, esse fato pode estar relacionado com o significado da mama para a mulher.
A paciente quando toma conhecimento de algo importante e grave que se passa com seu corpo vivência um choque emocional. No momento de recebimento da notícia, é comum notar-se um estado de estranhamento, onde fica clara a dificuldade de aceitação de estar doente. Este estado de estranhamento sugere um sinal de defesa egóica, pela via da negação, sendo este muito eficiente para estas situações, uma vez que a negação é um modo de produção de pensamentos, ainda que para tanto seja necessário negar uma parte da verdade. Portanto, a paciente tem o direito de buscar sentido para os acontecimentos, fazendo uso de sua história passada.
A iminência da perda da mama e a mutilação da imagem corporal representam uma desestruturação do sentimento de valor próprio da mulher, tendo como primeira reação diante desta possibilidade de perda, o desejo de salvação do órgão afetado.
As mamas sempre representaram a sexualidade e a maternidade, é um órgão de contato de atração, é também um símbolo extremamente narcísico. Além disso, é símbolo da identidade corporal feminina e do sentimento de auto-estima e valor-próprio.
“A mamografia anual é indicada precocemente aos 25 anos para mulheres que pertencem a famílias de risco. Devem fazer o exame também antes dos 40 anos as mulheres que apresentarem um nódulo ou outro qualquer sinal suspeito na mama, pois hoje com os conhecimentos atuais de oncologia preventiva, é possível fazer detecção precoce, que na maioria das vezes recebe tratamento cirúrgico simples, conservador e exclusivo e com grande probabilidade de cura”.[:]